EDUCAÇÃO

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domingo, 8 de agosto de 2010

A GUERRA DE CANUDOS

A história de Antônio Conselheiro e de seus seguidores inscreve-se no conjunto de movimentos liderados por beatos ou pessoas tidas como santas, que denominamos messiânicos (crença na vinda de um messias que iria restabelecer a justiça) ou milenarista (crença na chegada de um período de paz que duraria um ano - um milenio - , quando Cristo reinaria na terra).
No contexto histórico e social percebe-se que essas crenças era uma resposta a um mundo material em que era quase impossível viver, tal o grau de carência das pessoas que se encontravam praticamente abandonadas pelo poder público.
Século XIX - Antonio Vicente Mendes Maciel - conhecido como Antonio Conselheiro - começou sua pregação religiosa no sertão do Nordeste. Seu prestígio e o grande número de seguidores ameaçaram a Igreja católica, que exigiu das autoridades o fim das pregações. O Clero, então , tornou-se o primeiro grande inimigo do beato.
Por não concordar com algumas determinações do regime republicano (a instituição do casamento civil e a liberdade de culto para outras religiões), Conselheiro passou a incentivar o não-pagamento dos impostos federais e acabou conquistando um segundo inimigo poderoso: o governo republicano.
O Arraial tornou-se um forte atrativo da região, Conselheiro se comportava como um "profeta" e fazia suas pregações aos mais humildes, promessas de melhoria de vida e justiça sem a explorãção sofrida nos latifúndios. Conseguiu reunir centenas e até milhares de seguidores, principalmente entre famílias que abandonavam seus empregos e se refugiavam em Canudos.
O terceiro inimigo seria a Aristocracia rural.

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